sexta-feira, 28 de novembro de 2014

INCENTIVOS

Publicado no Estado de Minas em 28 de novembro de 2014. Falta de planejamento O Brasil está em crise e nada se faz para sair dela. Tentativas como a que o governo federal fez com a industria automobilística, isentando/reduzindo a alíquota de impostos na venda de carros, como forma de manter a produção e não reduzir empregos somente ajudou as empresas estrangeiras instaladas no Brasil, piorou o transito nas cidades, aumentou a poluição e o consumo de gasolina (consumo maior do que a produção obrigando a Petrobras a importar gasolina). Já há alguns anos, por falta de políticas estamos matando nosso parque industrial mecânico, com a importação de máquinas e equipamentos de péssima qualidade da China e outros países, com sérios riscos, pela falta de qualidade na fabricação, não atendendo as normas brasileiras e internacionais. Qual seria o impacto se o governo diminuir/eliminar os impostos para a fabricação de tecidos e confecções? A eliminação deveria ser em toda a cadeia produtiva. Com esta medida teriamos condições de dinamizar as industrias relativas ao setor e deixariamos/diminuiriamos a importação a preço vil de produtos chineses (até no Uruguai e Paris as roupas são made in China). Acorda Brasil antes que sejamos apenas produtores de comodities e matéria prima para os outros. Senadores e deputados federais tem que por a cabeça para funcionar e apresentar propostas ao governo para melhorar a renda do povo brasileiro.

REFORMA POLÍTICA

O BUSÍLES DA NAÇÃO O atual sistema eleitoral privilegia a situação, pois os novos candidatos somente podem fazer propaganda eleitoral após a convenção partidária e a liberação do início da propaganda eleitoral, portanto são 90 dias para tornar o nome conhecido.Desta forma os atuais parlamentares, prefeitos, secretários e outras autoridades municipais que fazem propaganda durante os quatro anos de mandato, com recursos do governo tem maiores probabilidades em serem sufragados nas urnas. Outros potenciais candidatos são jogadores de futebol. dirigentes de clubes, comentaristas esportivos, artistas de rádio e TV, sindicalistas e até palhaços, que estão em exposição na midia, e são os preferidos pelos partidos políticos para arrebanhar votos. Desta forma a renovação do quadro político é no máximo em torno de 20% , mesmo que a população não esteja satisfeita com os políticos ao ponto dos votos em branco, nulos e abstenções atingirem um percentual em torno de 35%. Na apuração das eleições não são computados as abstenções, os brancos e nulos, somente os votos válidos são contados. Desta forma o resultado das eleições não representa a situação verdadeira em relação a massa de eleitores apto, sendo eleitos pessoas como o ex-governador de Brasília, que nas eleições passadas não atingiu 30% da população votante. A filiação de pessoas nos diversos partidos não significa que haverá mudanças na apresentação de novos candidatos, pois os partidos em convenção vão indicar/escolher nomes que mais se afinam com os interesses do partido. É urgente a alteração das regras eleitorais, o que jamais será efetuado por iniciativa do Congresso, pois as alterações iriam alterar o "status quo" que os beneficia. A CNBB, OAB e diversas associações, inclusive sindicatos apresentaram o Projeto de Lei n° 6.316, protocolado no Congresso em 10.9.2013 e entregue em mãos ao deputado Henrique Alves que até hoje não o colocou em apreciação. Basicamente neste projeto são apresentada quatro aspectos: > proibe o financiamento de campanha por pessoas jurídicas (empresas) - afasta o poder econômico das eleições; > eleições em dois turnos; cada partido deve apresentar um projeto para as eleições - valoriza os partido políticos, sendo o mandato do partido; o eleito perde o mandato se mudar de partido; > paridade de sexo entre os candidatos; a população brasileira feminina é maior do que a masculina e não tem representação partidária; > pela democracia direta com plebiscito, referendo e iniciativa popular. Desta forma é necessário que a população se conscientize do projeto da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas e subscreva as listas do Projeto de Iniciativa Popular, pois são necessárias um milhão e quinhentas mil assinaturas para OBRIGAR o Congresso a tomar conhecimento da reforma que o povo deseja.

COMO PERDER UMA ELEIÇÃO

Escrito em 30 de outubro de 2014 Estratégia errada Quem deu as eleições para a Dilma foi o próprio Aécio, que como estrategista nestas eleições foi nulo. 1° Durante doze anos ficou fazendo campanha por todo o Brasil e esqueceu de Minas; 2° Quem governou o estado nos dois mandatos do Aécio, foram sua irmã e Anastásia; 3° Quiz dar uma de esperto e não magoar nenhum parlamentar, indicou para governador Pimenta da Veiga, "fugitivo" da prefeitura de BH, escondido em Brasília, após a derrota para governador, e sem compromissos com Minas; 4° Quando cooptou Pimentel do PT, prometendo-lhe apoio para governador após seus mandatos, desfilando com ele por todo o estado em campanhas, acabou traindo-o e ao povo que nestas eleições julgou que Pimentel era apoiada pelo Aécio (ainda para complicar os nomes muito parecidos); 5° Durante 4 anops como senador descuidou das coisas de Minas, apenas fez propaganda em outros estados de seu nome: 6° Nada fez para "concertar" o problema do Demetrô que estava impedido de receber verbas da União em virtude da falta de concorrência para a construção da linha 2 para o Barreiro (Eduardo Azevedo deu a construção para a MJ); 7° Construção da CA - Cidade Administrativa por empresas que patrocinaram a campanha para presidente e que tinham certeza da eleição e o retorno do capital investido em futuras "concorrência" do governo federal; 8° Funcionários públicos que foram deslocados para a CA, perdem mais de três horas no ir e voltar do serviço: 9° Ameaça de perda de investimentos nas áreas de tecnologia e pesquisa (funcionários de institutos e UFMG); 10° Eficiência em reduzir a criminalidade no estado ( obtida pela proibição de emissão de BO - Boletim de Ocorrência) e mentiras nas áreas de saúde e educação, obrigaram os militares, os profissionais de saúde, enfermeiros, médicos e professores a não votarem nele: Quanto a campanha suja e nojenta, foi dos dois lados, inclusive no sábado à noite antes das eleições saiu a notícia que o doleiro fora envenenado pelo PT. Deus sabe o que faz. Daqui a quatro anos Aécio não será candidato pelo PSDB, pois Alkimim e Serra, além dos convencionais paulistas não darão a ele outra oportunidade. Já havia escrito em abril porque Dilma não perdia as eleições e como fazer para ganha-la.Basta ler em Exercendo a Cidadania. É necessária a Reforma Política e Eleitoral no Brasil, nos moldes propostos pela CNBB, OAB... porém nada será aprovado sem que a população participe.