sexta-feira, 9 de julho de 2010

EM DEFESA DO PADRE

Publicado no Estado de Minas em 11 de janeiro de 2001

Em defesa do padre

É estarrecedor que em pleno século 21, deparemos com declarações estapafúrdias como a do Sr. Marcus (Cartas á Redação de 04.01) sobre a atuação de defensores dos moradores do Morro do Papagaio.

Ao fazer acusações ao padre Mauro e a representantes de movimentos que defendem os moradores do Morro do Papagaio, demonstra preconceito e total desconhecimento ao trabalho daquelas pessoas.

Padre Mauro mora no Morro do Papagaio e já teve sua casa arrombada e roubada duas vezes, porém continua com seu trabalho de ajuda aos mais necessitados que moram naquela região.

Padre Mauro trabalhou com a comunidade do Gutierrez, criando a Associação Comunitária do Morro do Cascalho, a Creche Vó Angelina e ajudava a Associação do Pequeno Cristo, que foi criada pela comunidade com o padre José Cândido, que era pároco na ocasião.

Todas estas associações visam ajudar a tirar o menor adolescente da rua; dar orientação espiritual, conhecimento, lazer e amor, possibilitando um futuro melhor ao jovem.

O que padre Mauro faz é adotar a comunidade carente, vivendo com ela seus problemas do dia-a-dia, e não ficar dentro de escritórios com ar condicionado, inventando soluções que nada tem a ver com a necessidade dos moradores.

Adote um menor carente antes que o narcotraficante o faça, e tenha menos um deliqüente nas ruas.

domingo, 4 de julho de 2010

FICHA LIMPA

Enviado ao Estado de Minas em 01 de junho de 2010

Leis que não pegam.

Mesmo com mais de um milhão de assinaturas a Lei da Ficha Limpa passou com alterações no Congresso, aprovado por aqueles que sempre defendem seus interesses.

Agora entram com liminares para tentar se re-elegerem e continuar livres de processos
É mais uma lei que não pegou no Brasil.

Enquanto houverem brechas nas leis, advogados espertos e juízes omissos, pessoas como Paulo Maluf e outros calhordas terão as sentenças prolatadas em detrimento do espírito da lei, da vontade popular.

E assim o Brasil vai vivendo, aproximando-se do abismo.

Improbidade administrativa, conduta lesiva ao patrimônio público, compra de votos, campanha com dinheiro público, infidelidade partidária, superfaturamento, corrupção eleitoral, dinheiro na cueca e mais uma infindável lista de maracutaias não são crimes.

É chegada a hora de mudar o país não votando naqueles que lá estão, vamos renovar o Congresso e acabar com as mordomias, tais como passagens aéreas e mansões em Brasília por conta do erário público.

"Nada muda se você não mudar".

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CONFUSÃO DE METRÔ

Publicado no Estado de Minas em 06 de março de 1993.

Confusão de metrô

Reportando ao artigo publicado no dia 21.02 sobre as locomotivas que estão encostadas nos pátios da Rede Ferroviária Federal por falta de verbas para manutenção e reparos, venho por meio desta levantar a questão pertinente ao assunto.

Por falta de normas brasileiras, por falta de critério, por falta de padronização, temos no Brasil diversos metrôs dos mais variados tipos e formas, chegando ao absurdo de, em São Paulo, o Metrô Leste-Oeste ser diferente do Norte-Sul e a empresa que os exporta é uma só.

Não é necessário levantar as vantagens da padronização dos carros do metrô.

O que falta ao País são recursos financeiros que poderiam ser melhor aproveitados com a utilização criteriosa dos equipamentos de produção(matrizes, máquinas e ferramental), com melhor desempenho dos profissionais envolvidos e na fabricação de lotes econômicos.

Não sou contra a modernização, mas é um absurdo constatarmos a existência de diversos tipos de metrô no País: São Paulo (dois), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e agora outro modelo em Brasília.

E a empresa que os explora, salvo melhor conhecimento, é uma só.

O governo fala em diminuir custos, em aumentar a produtividade, em melhorar a qualidade, e as empresas ligadas ao mesmo e que exploram o metrô não têm o mínimo de coerência, disciplina e acato às determinações governamentais.

Quanto mais barato custar a implantação do metrô, mais benefícios terá a população, com um transporte mais rápido, eficiente, barato e com mais recursos para implantar novas linhas e ramais.

LEITOR VÊ NO REAL SÓ GOLPE ELEITORAL

Publicado na Revista Nacional em 27 de agosto de 1994

Leitor vê no Real só golpe eleitoral

En todo o Mundo, os governos e as empresas têm como metas aumentar as exportações, vender mais internamente, por melhores preços, melhorando o rendimento e ampliando mercados.

No Brasil, porém, é o inverso, pois com o governo da revolução(?) de 64, quando um ministro da Fazenda implantou a política de juros altos, incrementando a poupança, incentivando as empresas a tomarem empréstimos no exterior, houve desaquecimento da produção e do consumo, tanto do essencial quanto do supérfluo.
Deu fim à produção.

Nenhum industrial, fazendeiro ou produtor vai investir em atividades de risco como a produção que depende de fatores climáticos, sujeito a pragas e doenças, se o governo oferece alternativas mais garantidas como as aplicações financeiras.

Não tem sentido, nem fundamento, nem lógica, o dinheiro "dormir" no banco e no outro dia ter "crescido".

O ministro Ricupero, que quer recuperar a economia, também é da teoria de elevação dos juros para reprimir a demanda, julgando que o povo está com a doença do consumismo.

Não existe consumismo num país em que o trabalhador não tem poder aquisitivo para comprar além da cesta básica.

O que existe é demanda reprimida pelo "engodo" de poupar para ganhar juros.

Agora o governo cria o real com valor superior ao dólar para enganar o povo e ganhar as eleições.

Qual a razão, o lastro para que o real tenha maior poder do que o dólar?

A divida brasileira, o déficit interno, o saldo da balança comercial, a seriedade deste governo são garantias para o real?

Ou tudo só não passa de mais um golpe eleitoral?...