quarta-feira, 30 de março de 2011

FILANTROPIA

Cidadão lamenta paralização da ASPE

Publicado no Estado de Minas ,09 de fevereiro de 2011


Em relação à carta da leitora Aparecida Maria de Vasconcelos (3/@), na qual fala da paralização dos serviços prestados pela Ação Social Padre Eustáquio (ASPE), depois de 60 anos de funcionamento sem fins lucrativos, sem ajuda alguma dos governos municipal, estadual e federal, mas apenas com doações e contribuições financeiras, tenho a satisfação de ressaltar que conheço o trabalho desempenhado pelos abnegados da ASPE, que procuravam mitigar as necessiadades daqueles que não podiam ser atendidos pelo serviço público.

Ajudei uma creche e uma associação que atende meninos carentes, moradores do Morro do Cascalho, portanto sei da dificuldade para manter em funcionamento uma associação nestes moldes.

O governo federal, em 20/7/2010, regulamentou a Lei 12.101/2009, que impediu que houvesse transferências e participação financeira de entidades escolares para entidades filantrópicas.

O governo, em vez de aprimorar a fiscalização das entidades, mata as entidades que não tem recursos nem pessoal habilitado para cumprir todas as exigências legais e ainda proíbe o repasse de verbas.

Enquanto isso, Brasil afora, multiplicam-se organizações não governamentais (ONGs) sobre a capa de filantrópicas, mas que na verdade são criadas apenas para explorar pessoas de boa-fé.

Aliás, o EM (30/01) publicou excelente reportagem sobre o assunto, revelando os bastidores de uma ONG que funciona em BH.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Petroquímica

Cidadão aponta para omissão no passado


Publicado no Estado de Minas de 25.01.2011


Li com atenção a entrevista da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werrneck (Economia, 23.1).

Gostaria de deixar claro que Minas Gerais não dispõe de um polo petroquímico por falta de interesse tanto do governo mineiro quanto dos empresários.

O governo do Rio Grande do Sul, quando a Petrobras decidiu implantar a refinaria de Canoas, irmã da Gabriel Passos (Repap), em Betim (Grande BH), na década de 1960, criou incentivos e contou com a audácia dos empreendedores gaúchos para a implantação do polo petroquímico.

No projeto original, as duas refinarias tinham a mesma capacidade de produção e todos os equipamentos foram adquiridos iguais, com apenas a construção civil diferente.

Em Canoas, houve crescimento do polo, com diversificação de produção, criação de milhares de empregos e de escolas de qualificação e especialização de mão de obra para atender o mercado.

Hoje, as refinarias "irmãs" são completamente diferentes quanto ao volume e variedade de produtos.

A tendência da refinaria de Betim é parar com o refino, tornando-se um grande parque de armazenamento de produtos elaborados, que serão transportados pelo oleoduto, tal qual no início se sua construção.

Se o governo mineiro não se mobilizar, vamos perder também a refinaria, como foi o polo de acrílico para o polo petroquímico para a Bahia.

Acorda, governo mineiro