domingo, 30 de janeiro de 2011

Petroquímica

Cidadão aponta para omissão no passado


Publicado no Estado de Minas de 25.01.2011


Li com atenção a entrevista da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werrneck (Economia, 23.1).

Gostaria de deixar claro que Minas Gerais não dispõe de um polo petroquímico por falta de interesse tanto do governo mineiro quanto dos empresários.

O governo do Rio Grande do Sul, quando a Petrobras decidiu implantar a refinaria de Canoas, irmã da Gabriel Passos (Repap), em Betim (Grande BH), na década de 1960, criou incentivos e contou com a audácia dos empreendedores gaúchos para a implantação do polo petroquímico.

No projeto original, as duas refinarias tinham a mesma capacidade de produção e todos os equipamentos foram adquiridos iguais, com apenas a construção civil diferente.

Em Canoas, houve crescimento do polo, com diversificação de produção, criação de milhares de empregos e de escolas de qualificação e especialização de mão de obra para atender o mercado.

Hoje, as refinarias "irmãs" são completamente diferentes quanto ao volume e variedade de produtos.

A tendência da refinaria de Betim é parar com o refino, tornando-se um grande parque de armazenamento de produtos elaborados, que serão transportados pelo oleoduto, tal qual no início se sua construção.

Se o governo mineiro não se mobilizar, vamos perder também a refinaria, como foi o polo de acrílico para o polo petroquímico para a Bahia.

Acorda, governo mineiro